terça-feira, 3 de agosto de 2010

PROGRAMA DE DISCIPULADO DA IGREJA METODISTA EM CARLOS PRATES

PROGRAMA DE DISCIPULADO DA IGREJA METODISTA EM CARLOS PRATES

Parte I
Vivendo como
Discípulo

1 – VIDA PLENA, E NÃO VIDA RELIGIOSA

Você pode ser uma religioso/a, ou um/a discípulo/a de Jesus Cristo. São duas posturas que aparentemente têm muito em comum, mas se distanciam por diferenças gritantes. Em primeiro lugar, convém ressaltar que o grande projeto de Jesus era o desenvolvimento de uma comunidade de discípulos. Eles disse: “...Vão e façam discípulos de todas as nações.” (Mt 28.19).
Os primeiros discípulos entenderam que as “Boas Novas” de Cristo não deveriam ficar restritas a um grupo fechado de pessoas, por isso logo começaram a compartilhar as verdades de Deus por toda a parte, apesar do ostracismo e perseguição que enfrentavam. Para eles a “vida cristã” era muito mais do que uma simples aceitação de princípios ou rituais religiosos. O Espírito Santo, que os levou à conversão, também levou-os a uma experiência comunitária por meio da qual os novos convertidos cresciam na fé e no conhecimento de Cristo.
Em outras ocasiões, Jesus fez mais afirmativas sobre discipulado cheias de implicações muito sérias: “qualquer de vocês que não renunciar a tudo que possui não pode ser meu discípulo.” (Lc. 14.33). e “com isto todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros.” (Jo. 13.35)
Jesus sempre usou a palavra discípulo para se referir aos seus seguidores/as. Ele nunca usou expressões como “adeptos” ou “membros de minha seita”. O termo discípulo tem conotação de alguém que anda nos passos de um mestre. Todo discípulo é um imitador de seu mestre, que acaba ficando parecido com o seu orientador.
O mundo está repleto de “cristãos”. As igrejas estão lotadas de adeptos, de religiosos/as. No entanto, infelizmente, muitos/as ainda não se tornaram autênticos/as discípulos/as.
Jesus advertiu que muitos/as que se dizem seguidores/as, no dia do juízo ouvirão: “Malditos, apartem-se de mim para o fogo eterno.” ( Mt 24.41). Eles ouvirão esta sentença mesmo alegando que realizaram curas, maravilhas e sinais em nome de Jesus ( Mt. 7.21-22). O Senhor ainda nos previne dizendo que no meio do trigo cresceria o joio e que em nosso meio surgiriam falsos profetas.

Então, o que é um discípulo autêntico? É uma pessoa que está a caminho da semelhança de Jesus, ávida por aprender e aplicar as verdades que Jesus ensinou à sua própria vida, e para ajudar outros a conhecerem e crescerem na fé cristã. O conceito de discipulado não está ligado a “status”, ou a uma categoria. É algo dinâmico. É um contínuo caminhar na direção das qualidades do caráter de Cristo. Não se dá por encerrado quando atingimos uma certa idade ou alcançamos determinado grau de maturidade. É um processo que deve fazer parte de todos os nossos dias.
“Discípulo” pode ser entendido por aprendiz. Entretanto, em grego a palavra discípulo se refere a alguém que aprende experimentando e praticando. Trata-se de uma pessoa que não se dedica apenas a pensar, mas também a praticar o que aprende de seu mestre. A Bíblia nos diz que Deus quer que sejamos parecidos com Jesus. Vejamos o que nos diz Romanos 8.29. Discipulado é um processo pelo qual o caráter de Cristo é moldado na vida daqueles/as que procuram andar com o Senhor, dia a dia.

2 – FAZENDO DISCÍPULOS: DANDO EXEMPLO
Antes de querer fazer discípulos, devemos verificar se somos discípulos. É preciso deixar que o Evangelho “vire carne” em nossa vida. Em outras palavras, é preciso viver aquilo que pregamos. No discipulado, o exemplo é fundamental. As pessoas que iremos discipular estarão sempre de olho em nosso comportamento, em nossas idéias, opiniões e, sobretudo, estarão atentas para as nossas atitudes. O Evangelho que Jesus mandou levar a todas as pessoas deve ser verdade primeiramente em nossa vida: “Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração.” ( Mt 11.29).
Mansidão e humildade não eram uma teoria ensinada por Jesus. Mansidão e humildade foram duas qualidade de caráter que qualquer um podia enxergar em Jesus. Consideremos agora o que o Paulo tem a nos dizer: “Irmãos, unam-se em seguir o meu exemplo e observem os que vivem de acordo com o padrão que lhes apresentamos.” ( Fl 3.17); “Lembrem-se dos seus líderes, que lhes falaram a palavra de Deus. Atentem para o resultado da vida que tiveram e imitem a sua fé.” (Hb 13.7).
Discipulado pressupõe demonstração. Jesus nunca pediu que seus discípulos fizessem alguma coisa que Ele tivesse feito antes para dar-lhes o exemplo. Vejamos o que Jesus disse: “Os mestres da lei e os fariseus se assentam na cadeira de Moisés. Obedeçam-lhes e façam o que eles dizem. Mas não façam o que eles fazem, pois não praticam o que pregam. Eles atam fardos pesados e os colocam sobre os ombros dos homens, mas eles mesmos não estão dispostos a levantar um só dedo para movê-los.” ( Mt 23.2-4).
3 - DISCIPULADO NÃO É “IMITAÇÃO BARATA”
Discipulado é imitação. Mas não se trata de uma “imitação barata”. É aquela imitação que se inicia no mais profundo do nosso ser. Apenas assim podemos de fato servir de exemplo para outras pessoas. Para que sejamos modelo e referencial para os outros, precisamos urgentemente nos aferir e avaliar de acordo com a Palavra de Deus. É permitir que os princípios que os princípios eternos da Bíblia modelem radicalmente nossa vida, em cada um de seus aspectos. O discípulo de Cristo vai estar pronto para assumir responsabilidades. Leviandade, instabilidade e superficialidade não combinam com o perfil do discípulo genuíno. (ler Tg 1. 22-25).
Seguir Jesus implica em compromisso. Isso porque discipulado pressupõe a vivência com o senhorio de Cristo. Não pode haver senhorio sem que haja compromisso do servo com o seu Senhor. Se somos servos, não faz sentido vivermos indiferentes à voz do Senhor. Discipulado pressupõe disponibilidade. Disponível é aquele/a que sempre está pronto para desafios, e o discipulado é com certeza uma caminhada de desafios. Um dos primeiros desafios a encarar é a capacidade de renunciar a uma série de coisas e seguir a voz do Mestre.
4 -DISCIPULADO É REEDUCAÇÃO
Discipulado significa ensino permanente. Quem deseja ser um discípulo deve estar disposto a rever seu estilo de vida e submeter sua visão de mundo às verdades da palavra de Deus. A vida do discipulado é uma contínua transmissão de conhecimentos, informações e esclarecimentos indispensáveis ou úteis à nova vida proposta por Jesus. Um discípulo que se preze nunca vai cansar de estudar, perguntar, conversar, refletir e debater sobre os princípios bíblicos. Tal ensino contínuo passa de geração para geração: “E as coisas que me ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confie a homens fiéis que sejam também capazes de ensinar a outros”(2Tm 2.2).
5 – DISCIPULADO É RELACIONAMENTO E SOLIDARIEDADE
O discipulado de Jesus não se resumia apenas em cercar-se de alguns seguidores e transmitir certas informações e doutrinas. Jesus se preocupou em ajudá-los a viver um relacionamento intenso com o Pai. Ele mesmo disse que veio para revelar o Pai.
Quem lê atentamente a oração de Jesus registrada em João 17, percebe a preocupação de Jesus em reafirmar sua missão aqui na terra: “ Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” ( Jo 17.3). Nos outros versículos deste capítulo nota-se que Jesus enfatizou várias vezes a importância da unidade espiritual: “eu neles e tu em mim. Que eles sejam levados à plena unidade.”
O discipulado que Jesus ensinou baseia-se no desenvolvimento de um relacionamento mais íntimo com deus que, entre outras conseqüências práticas, deve nos levar a ter uma atitude mais solidária para com as pessoas ao nosso redor.
Uma das marcas do discipulado cristão é o amor mútuo. A comunhão é essencial na vida dos discípulos, como nos ensinam vários textos do Novo Testamento:
1.Aceitem-se uns aos outros. (Rm 15.7);
2.Que todos os membros tenham igual cuidado uns pelos outros. ( !Co 12.25);
3.Edifiquem-se uns aos outros. (1Ts 5.11);
4.Ensinem e aconselhem uns aos outros. (Cl 3.16);
5.Sirvam uns aos outros. (Gl 5.13-14);
6.Levem os fardos pesados uns dos outros. ( Gl 6.2);
7.Sejam mutuamente hospitaleiros. ( 1Pe 4.9);
8.Orem uns pelos outros. ( Tg 5.16).

ENTÃO QUAL É O PERFIL DO DISCÍPULO AUNTÊNTICO?
1 – O discípulo de Jesus é alguém que ouviu seu chamado e resolveu crer nele e em suas palavras. ( Mt 4.21, 1Pe. 2.21, 1Co 1.9).
2 – O discípulo de Jesus é alguém que aprendeu a amar a Deus acima de todas as coisas, de todo o coração, de toda a alma, de todas as forças e com todo o seu entendimento. O discípulo autêntico busca o Reino de Deus e sua justiça e as outras coisas lhe serão acrescentadas. (Lc 10.27; Mt 6.33).
3 – O discípulo de Jesus entende que é preciso negar-se a si mesmo, é preciso morrer para a velha vida com seus falsos valores. Implica em assumir a nova natureza que o Espírito vai formando dentro de cada um de nós.
4 – O discípulo de Jesus sabe que é preciso carregar diariamente a sua cruz (Lc 9.23). Sabe que “todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos.”(2Tm 3.12).
5 – O discípulo de autêntico se caracteriza por sua atitude de seguidor, de imitador de seu Mestre. E também por fazer as coisas como Cristo faria. (1Co 11.1).
6 – O discípulo é um servo. Servo de seu Mestre e dos outros. Isto pressupõe aceitar o senhorio de Jesus sobre toda sua vida e servir às pessoas a tal ponto que eles possam ver suas obras, e glorificar a Deus . (Gl 5.13, Ef 6.6).
7 – O discípulo cultiva uma atitude de louvor a Deus. Louvar é elogiar, agradecer a Deus por aquilo que Ele fez, ou está fazendo na sua vida e na vida dos outros. (1Ts 5.18).
8 – O discípulo de Jesus é uma pessoa de oração. Ele não ora por obrigação. Ele tem prazer em entrar na presença de Deus para falar com o Senhor. O discípulo autêntico não espera pelo desemprego, pela doença ou pela tragédia para se por em oração. Ele aprendeu o valor do “orar sem cessar” (Fl 4.6; Cl 4.2). O discípulo de Jesus é um intercessor. Ele ora por outras pessoas. ( tg 5.13; 1Tm 2.1).
9 – O discípulo de Jesus sente compaixão pelas pessoas (Mc 8.2). O discípulo de Jesus tem espírito voluntário. Ele não funciona na base da campanha, ou da recompensa. Ele faz porque quer e porque acha importante fazer (Cl 3.23).
10 – O discípulo tem a vida de Cristo dentro dele. Jesus disse: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente” (Jo 10.10). Paulo chegou a dizer: “Já não sou eu quem vive, mas Cristo que vive em mim” ( Gl 2.20). O discípulo crê que Deus fez nele morada: “Respondeu Jesus: “Meu Pai o amará, nós viremos a ele e faremos nele morada.”(Jo 14.23).
11 - O discípulo de Jesus é piedoso. Não no sentido de ter pena e dó de alguém. Na Bíblia esta palavra se refere ao ”temor de Deus”, à reverência, à consideração que é expressa diante de alguém que é majestoso, imponente. O discípulo produz gente que sente o temor de Deus e o respeita por causa de sua grandeza e glória. ( 2 Pe 3.11; Tt 2.11-12)
12 – O discípulo de Jesus lê, ouve, e medita nas palavras de Jesus e nas Escrituras. Jesus disse: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra”. E: “as palavras que eu lhes disse são espírito e vida.”( Jo 6.63).


Parte II
Desenvolvendo
Relacionamentos Saudáveis

Tratando as feridas Emocionais

Objetivos dos encontros: Levar o grupo a identificar possíveis feridas e indicar caminhos para a restauração.

1- Diagnosticando nossas feridas:

Dinâmica: Todos deverão ter em mãos uma folha de papel. O grupo levantará as folhas balançando-as. Pouco a pouco as folhas deverão ser amassadas até que virem uma bola, à medida que se lembrem das possíveis crises, feridas emocionais e dificuldades da vida já enfrentadas. Logo após, todos deverão desamassar as folhas até que elas voltem ao normal.
Resultado: as folhas no início, com a textura original, faziam barulho, agora, após serem amassadas, não possuem mais a textura inicial, porém, continuam a ser folhas. Assim somos nós com os nossos problemas e dificuldades.

Texto base: Mt 20.32
Introdução

As feridas emocionais podem surgir em relação a diversas situações, como: o futuro, o sentimento de fracasso, a solidão, a doença etc. Estes temores podem crescer nas mentes de algumas pessoas, criando ansiedades extremas, medo, angustia, complexos mesmo que não existam ameaças reais.
Aprofundando:
¹Existe um grande perigo de alguém se acostumar com o sofrimento e não esboçar mais nenhum desejo de alívio. O que leva a isso é uma assustadora apatia provocada pelo tempo, pelo desgaste emocional, pela acomodação, pelas tentativas infrutíferas e pela falta de ânimo.
A primeira coisa que Jesus fez com o paralítico de Betesda foi perguntar-lhe: “Você quer ficar curado?” (Jo 5.6). Jesus perguntou também aos dois cegos de Jericó: “O que é que vocês querem que eu faça?” (Mt 20.32).
No caso do paralítico, ele estava junto ao tanque de Betesda havia 38 longos anos, deitado, sempre à espera de uma alma caridosa que o jogasse na água antes dos outros. Era um drama de 38 anos e uma espera também de 38 anos. Teria o paralítico se acostumado com aquela incômoda situação, com aquela longa dependência dos outros, com aquela terrível imobilidade física?
A pergunta de Jesus tem cabimento e é válida também para hoje e para outros casos de infelicidade. A um casal prestes a se separar, Ele pergunta: “Querem que Eu os ajunte outra vez?” A um enlutado, Ele pergunta: “Quer que Eu o console?” A um alcoólatra, Ele pergunta: “Quer que o liberte do álcool?” A um dependente de droga, Ele pergunta: “Quer que Eu o livre das drogas?” A um pecador, Ele pergunta: “Quer que Eu o perdoe?” A nós ele pergunta: Quer se curar de sua feridas emocionais?

Aplicação: Todo ser humano está sujeito a passar por crises, por situações difíceis, por desertos, pelos "vales da sombra da morte" ( Sl 23.4). Nossa alma está sujeita aos infortúnios da vida, às marcas dolorosas, a sentir o gosto da aflição amargurando o seu viver. Mesmo homens e mulheres mais santos não foram e não são isentos de se sentirem cercados pelos "laços da morte" ( Sl 116.3), de sentirem seus corações feridos ( Sl 109.22 ) ou de experimentarem "temores por dentro ( 2 Co 7.5 ). Jesus preveniu aos discípulos: "No mundo tereis aflições..." ( Jo 16.33b). Tal foi a experiência de Abraão, de Davi, dos profetas, de Paulo, dos/as cristãos/ãs em geral e do próprio Cristo ( Mt.26. 36-38).
Tarefa: Os companheiros de jugo deverão encontra-se durante a semana para um momento de partilha considerando suas dificuldade e necessidades diante das feridas existentes.


2 - Esperança e Alegria da Restauração:
Dinâmica: O grupo deverá estar assentado de uma forma bem informal. Cada um irá compartilhar como foi a sua caminhada, diante dos problemas identificados no último encontro, até no presente momento.
Texto base: Mt 20.32
Introdução:
As questões emocionais podem afetar todas as dimensões da vida individual e relacional das pessoas. Com a auto-estima baixa o humor também fica afetado, desaparecem o interesse, o poder de concentração, a alegria da vida. Os pensamentos assumem tons pessimistas. A disposição afetiva, motor da vida, é a função psíquica primariamente afetada. Desta forma, tudo na vida se torna desinteressante: igreja, casamento, a vida em família, o relacionamento com Deus e o contato com outras pessoas., assim, é grande a incapacidade de reação, gerando um estresse generalizado. Diferentes enfermidades físicas e psíquicas podem surgir em decorrência de um estresse prolongado. A depressão, é dessas conseqüências, uma das mais comuns em nossos dias.
Aprofundando:
Vimos no estudo anterior que Jesus oferece, tanto aos cegos como ao paralítico, sem nenhum pré julgamento, a possibilidade de restauração física e social. È evidente, segundo a sua Palavra, que Ele oferece o mesmo para nós.
A pergunta de Jesus desperta a vontade daquele cuja esperança está a zero. Ela provoca conhecimento próprio, provoca reflexão, provoca reação. Diante da esperança despertada ou renovada, a pessoa sofrida diz outra vez: “Quero ser curado”, “Quero tornar a ver”, “Quero restaurar meu casamento”, “Quero ser consolado”, “Quero ser liberto do álcool e das drogas”, “Quero ser perdoado”.
Um dos grandes entraves na recuperação física, emocional, moral e espiritual do indivíduo, é a falta de sólida e verdadeira vontade de ser curado. Disto o ser humano deve se guardar zelosamente.
Aplicação:
Deus exerce o controle De tudo. Mantém o equilíbrio necessário no tempo certo e na medida certa. Controla a tentação, e excesso de elogios e o excesso de repreensões. Evita a soberba tanto quanto o desânimo. Concede intervalos de folga e de embates. Poda a tristeza e poda a alegria, sempre a seu justo critério e sempre em nosso benefício e de seu abençoado reino.
As mudanças de situação e de eventos servem para nos provar, para nos exercitar, para nos aperfeiçoar. É preciso aprender a navegar com vento e sem vento, a favor da correnteza e contra a correnteza, em meio as alegrias e em meio às tristezas, vencendo as agruras, as dificuldades e as feridas da vida, confiando nas eternas promessas do Pai que nos dão esperança: ler Sl 30. 5 e Lm 3.22-23.

Tarefa: Estudar o texto de Lamentações 3.22-23. Diagnosticar as dificuldades enfrentadas pelo profeta Jeremias. (seu estado de ânimo).

3 - Conhecendo os Males Cotidianos
Dinâmica: Em duplas. Cada dupla deverá desenhar uma cena de rua, ou de local público, onde exista um amontoado de pessoas. Um indagação: que tipo de problemas estão presentes nestas vidas?
Texto base: Jo 16.33
Jesus preocupou-se com a saúde do ser humano: a física, a emocional e a espiritual. O conceito de salvação tem, em sua "raiz", a idéia de saúde, bem estar, restauração, etc. Salvação significa levar-nos a recuperar a nossa saúde integral em relação a Deus, a nós mesmos, ao nosso próximo, aos nossos relacionamentos e à nossa vocação e compromisso missionário³.
É importante para nós, vivermos da forma mais adequada possível. A prevenção, higiene física e mental, os cuidados com meio ambiente, a infra-estrutura social e econômica são importantes, visando evitar-se ou diminuir-se os males causados às pessoas e famílias. Prevenir e preservar é melhor do que curar. Todavia, quando a enfermidade chega, temos que cuidar dela, buscando entender suas causas e superar as conseqüências.

Aprofundando:
A Bíblia é um livro escrito por homens., mas homens inspirados por Deus. Ela fala dos problemas do ser humano e das soluções de Deus. Um livro que nos conhece, que tem poder de ir às raízes de todas as nossas crise e dificuldades, sejam quais forem. Portanto, é a nossa oração e desejo, que Ela, que tem o poder de curar (Sl 107:20), nos seja aplicada pelo Espírito Santo, nosso Consolador, animador, restaurador e companheiro. O Pai Celeste quer nos curar de todos males, das crises, da feridas, nos ajudando a vencê-las, pois, a sua vontade é que vivamos uma vida plena e abundante.
Aplicação:
Veremos agora, algumas enfermidades psíquicas e o que elas podem causar ao estado físico humano:
Ansiedade:
É um estado afetivo caracterizado por um sentimento de insegurança; é um desejo ardente, uma aflição, uma incerteza quanto ao amanhã. É a sensação, às vezes vaga, de que algo desagradável está para acontecer. Inclui um conjunto de sintomas, como "tensão" e "nervosismo", e do ponto de vista físico, tremores nas mãos, "frio na boca do estômago" e, nos casos mais intensos, desarranjos intestinais e urinários. Textos de ajuda: Pv 12.25 e 1Pe 5.7.
Angústia:
Poderíamos conceituar como sendo uma dor psíquica, decorrente de um medo da perda de algo nem sempre claramente localizado. Em se tratando de reações de medo a objetos ou situações definidas, teríamos a angústia atual; ao passo que sendo resposta a um medo desconhecido, não identificado, teremos a angústia neurótica. Texto de ajuda: Gn 35.3
Depressão:
Trata-se de um sentimento generalizado de tristeza, cujo grau pode variar de um desalento moderado até ao mais intenso desespero. Causa desânimo, uma profunda tristeza e até vontade de morrer. É um sentimento de desespero e incapacidade de lidar com a vida. O período de duração da depressão é bastante variável, podendo desaparecer em poucos dias ou estender-se por semanas, meses e até anos a fio. Texto de ajuda: Sl 116. 3-4a e 8.
Traumas:
É um choque emocional, que por sua violência desencadeia perturbações na mente (psíquicas) e no corpo (somáticas). São experiências de sofrimento emocional, humilhações, vivências de forte impacto, medos, reações de ansiedade desmedida, ou seja, quando a reação não é compatível ao evento.

Complexos:
Tal como acontece nos traumas, são também experiências de sofrimento emocional, vivências de forte impacto; porém com uma intensidade e deformação mais profunda e marcante do que o trauma. Texto de ajuda: Jz 6.15-17
Tarefa: O grupo deverá ler o capítulo 5 do livro Práticas Devocionais (Elben M. Lenz César, Editora Ultimato).

"Dentre todas as criaturas existentes na Terra,
somos, talvez, o único animal que
sente preocupação. Passamos a vida
temendo o futuro, descontentes com o
presente, incapazes de aceitar a morte,
incapazes de descansar."

LEWIS THOMAS



4 - A Vivência Familiar, Base para a Vivência Social


1- Compreendendo o Papel da Família

Dinâmica: O grupo irá compartilhar qual é o entendimento pessoal de cada um sobre família. A seguir, escolher alguns para contar a história de sua família.
Texto Base: Dt 6.1-13
Objetivo dos estudos: Que o grupo perceba como o povo de Deus dava um significado especial à Casa, à família., e levá-lo a examinar o papel da família moderna em tempos difíceis como estes.
Introdução:
A família é comunidade de amor. É escola de vida com outros seres humanos e precisa exercer influência na sociedade inteira. Realmente, é na família que o ser humano começa a compreender que é um ser social, elabora estratégias para um viver cristão e humano com outras pessoas. Mesmo considerando as dificuldades sentidas em nossos dias, guarda em si uma fonte de energia, que com testemunho de seus componentes pode, e deve, transformar-se em Boas Novas e contribuir decisiva e sensivelmente para uma nova e eficaz evangelização, garantido desta forma o futuro da sociedade.
Aprofundamento:
Dentre os desejos existentes no coração humano, um dos mais fortes é o de viver em pleno estado de amor. Amar e ser amado parece ser a maior ambição do ser humano e, por isso mesmo, a maior fonte de suas frustrações. Infelizmente, muitas pessoas vivem em um estado permanente de miséria afetiva, na solidão, com casamentos e com relações superficiais, insensíveis, sem nenhum envolvimento profundo.
Por outro lado, as pessoas não podem realizar-se pertencendo apenas à comunidade de interesse comerciais, políticas. Elas necessitam de uma comunidade onde possam revelar-se como são, valorizar-se com seus limites estabelecendo conhecimentos próximos. A família é a primeira e permanente escola para a vida em comunidade. Nela a pessoa nasce, cresce, amadurece, faz seu aprendizado de interação, de cooperação e partilha, dando continuidade ao seu aprendizado, formando sua própria família. É uma comunidade formadora, recebendo de Deus a missão para constituir-se célula vital e primária da sociedade.
Aplicação:
Portanto, escola por excelência, a família é a escola da vida e da prática da aceitação do outro, espaço onde o ser humano se encontra como indivíduo. É uma comunidade de vida e amor. Porém, necessita exercer uma influência marcante na sociedade já que nos tempos de hoje, tem sido questionada por profundas transformações da sociedade e na cultura, onde a perda do sentido da vida humana é constante, as pessoas valem não por aquilo que são, mas por aquilo que possuem. O importante é ter, fazer, produzir e consumir, infelizmente, um mal social moderno.
Desta forma, para que a família possa alcançar uma vivência eficaz, necessita ser um espaço de preparação, de capacitação para a fé, unindo os seus membros, deixando-os mais próximos de si mesmo e se abrindo para a comunidade onde ela está inserida.
Tarefa: Os companheiros de jugo deverão programar uma confraternização entre as suas famílias.

2 - A Família Cristã:
Dinâmica: 1 - Quais os aspectos positivos e negativos da família em nossos dias?
2 - Por que a família é uma realidade tão fundamental na vida do ser humano?
3 - Como poderemos propiciar uma educação eficaz para que o amor esteja sempre presente no seio familiar?
4 - Que influência poderá a família exercer sobre o mundo no sentido de transformá-lo?
Texto base: Ef 4. 11-16
Introdução:
A família cristã é o espaço de criação de senso crítico diante de valores que são apresentados pelos meios de comunicação e pela sociedade consumista. Os filhos/as ganham critérios para julgar o que lhes chega de todos os lados.
Na família se faz a preparação mais remota para o casamento e para a vida familiar segundo os planos de Deus. Não teremos novas famílias com maturidade cristã sem que aqueles/as que irão forma-las, tenham vivido em um ambiente contagiado pela graça e amor de Deus Pai. Não se pode, sob nenhuma hipótese, negligenciar o aspecto de formação para a oração, para a leitura devocional da Bíblia, culto Doméstico, para prática sincera do dialogo. Ora-se junto, celebra-se junto o Natal a Páscoa, aniversários e outros momentos importantes, experimenta-se as delícias da Palavra de Deus, enfim, celebra-se a vida!

Aprofundando:
Perguntas para a reflexão em grupo: ( dividir em grupos )
1 - Quais os aspectos positivos e negativos da família em nossos dias?
2 - Por que a família é uma realidade tão fundamental na vida do ser humano?
3 - Como poderemos fazer efetivamente uma educação para que o amor esteja sempre presente no seio familiar?
4 - Que influência poderá a família exercer sobre o mundo no sentido de transformá-lo?
5 - As famílias cristãs, têm exercido o seu papel na comunidade?

Aplicação: No plano dinâmico de Deus, os seres humanos foram incluídos com uma grande e feliz família. O objetivo fundamental da família humana, seria a obediência extrema á vontade do Pai. Seria esta a única possibilidade que propiciaria o êxito do plano Divino: Unidos, estarmos fazendo somente a sua vontade, lutando pela vida, dando e recebendo apoio, juntos, renovando esforços e ânimos.( Revista Cruz de Malta, No Limite Humano, a Ação De Deus.
Tarefa: Os companheiros/as de jugo deverão se reunir durante a semana para juntos analisarem o lugar da comunidade de fé na formação e acompanhamento das famílias. Ter um tempo de oração pelas famílias da igreja.

5 - Os Desafios de Hoje
Dinâmica: Em uma folha de papel, os companheiros/as de jugo, devem enumerar as dificuldades que a família enfrenta em nossos dias, após este momento, deverá haver um tempo para partilha e de oração pelas dificuldades encontradas.
Texto base:3.14-21

Introdução:
Apesar de um crescente desenvolvimento técnico científico, que proporciona recursos para uma vida de progresso, é frustrante a realidade em que vive grande parcela da população, sem condições de sobrevivência e de dignidade, não podendo realizar seus direitos fundamentais. Numa observação mais pormenorizada da sociedade, percebe-se que as pessoas “socialmente privilegiadas” são escravas da luta pelo poder do possuir, do consumir, vivem sem experimentar a realização pessoal e interior, no vazio, com ansiedades e tensões.
Aprofundando:
Outras transformações de grande relevância estão presentes nos dias de hoje: de um modo geral, a sociedade, e não mais a família, fornece ao indivíduo o trabalho profissional e sua identidade social. Até a educação foi assumida, em boa porcentagem, pela sociedade, os filhos escapam mais cedo da tutela dos pais. A família moderna tornou-se nuclear ou conjugal, sendo constituída pelo casal e pelos filhos menores, a hierarquia das idades e dos sexos estão se alterando com constância, restringindo-se desta maneira, a autoridade paterna. Hoje, a livre escolha do parceiro é um traço marcante da transformação da família. Nas diversas camadas sociais, a família tem o impacto direto da pornografia, alcoolismo, drogas, prostituição, da infidelidade conjugal, apresentando-se como vítima de uma estrutura injusta, não possuindo mais um caráter uniforme.
Aplicação:
1 - Analisar a situação da família em nossos dias e levantar as maiores dificuldades.
2 - Até que ponto a família perdeu seu papel de orientadora e educadora de seus componentes?
3 - O que a nossa igreja local poderia fazer para fortalecer as sua famílias? Como ela poderia oferecer aos membros um ambiente favorável de vivência cristã?
Tarefa: O grupo deverá iniciar seu culto doméstico. Deverá apresentar a igreja esta necessidade.


6 - DESENVOLVENDO RELACIONAMENTOS SAUDÁVEIS

1 - Resultado da Vivência Fraternal

Objetivos dos estudos: Levar o grupo a compreender que união fraternal pode produzir resultados práticos para a existência do ser humano. Que um relacionamento saudável propícia alegria e felicidade para o enfrentamento das lutas diárias.
Dinâmica: Grupo pode partilhas as dificuldades de relacionamento: ( família, trabalho, igreja, escola, etc).
Texto base: Sl 133

Introdução
Muitas vezes há em nós uma dificuldade para vivermos a realidade do amor fraternal. Essa dificuldade se implanta em nós, se enraíza, provocando um sentimento de contínua desconfiança. Esse sentimento produz uma atitude no relacionamento interpessoal marcada pela falta de liberdade, por um certo mal-estar, por um agir hipócrita, onde os apertos de mãos, abraços e conversas se colocam como um fardo. Quando, porém, se vive na convicção de "quão bom e agradável é viverem unidos os irmãos", fazendo disso uma prática de vida, as relações interpessoais adquirem um novo sentido: as espontaneidade passa ser a característica marcante, aliada à alegria, à transparência, à sinceridade e à honestidade.
Aprofundando:
O ser humano não foi criado para viver de forma isolada e independente. Foi criado para viver em comunidade, grupos, onde possam manifestar a sua essência e a de Deus, que é o "AMOR". A excelência dos resultados da vida fraternal em cada um de nós e no nosso próximo deve nos motivar a praticá-la.
Para tanto mostraremos abaixo alguns pontos onde poderemos ver o que é relacionamento e como desenvolvê-lo à partir do conhecimento de que somos diferentes uns dos outros.
Aplicação:
Conceito: Relacionamento é a convivência entre pessoas com quem se mantém algum tipo de relação, podendo ser de forma direta ou indireta.




TIPOS DE RELACIONAMENTOS:
I. COM DEUS
Filhos. (Jo 1.12; Rm 8.14 -16)
Servos (Jo 15.15; Rm 6.22)
Amigos (Jo 15.15-b; 15.14; S. Tg 2.23)
Embaixadores (II Co 5.20; Ef 6.20)
II. COM A IGREJA
Líderes (I Tm 4.6, II Co 3.6; Co 1:23 )
Membros (II Co 11.9; Salmos 133:1; Rm 14.10;
Hb 2.11 e Tg 2.15-16)
Irmãos (II Co 11.9; Sm 133.1; Rm 10; 14.10;
Hb 2.11; S. Tg 2.15-16)
III. COM A FAMÍLIA
Pai (Efésios 5.28; 6.4; Pv 17.21)
Mãe (Ef 5.22; Pv 14.1; Gn 3.20)
Filho (Ef 6.1-3; Pv 15.20; Sl 127.3)
Irmãos (Sl 133.1; Gn 42.8; I Sm 17.17)
COMO SE DÁ UM RELACIONAMENTO:
Para um bom relacionamento é necessário ser obedecida uma ordem, se não, pode ir tudo "água abaixo:"

Tarefa: Marcar um encontro durante a semana ( café, cinema, shopping, etc), para um tempo de convívio.
2 - Pontos Importantes a serem Analisados:

Dinâmica: Em uma folha, cada um deverá desenhar sua mão. Escrever o seu nome e passa-la para o companheiro/a à esquerda. Com a folha que recebeu do companheiro/a da direita, cada um escreverá uma qualidade marcante de sua personalidade. (do companheiro/a à direita).
Texto base: Cl 3.12-17

Introdução:
Como vimos até aqui, o ser humano não vive só. Ele estabelece relacionamentos em todos os níveis da vida. Seja em família, no trabalho, na escola ou na igreja, estabelece uma forma de convívio. A forma como se dará estes relacionamentos, se serão saudáveis ou não, dependerá de muitos fatores. Nos relacionamentos formais distantes e sem exterioridade, não há necessidade de envolvimento com pessoas, mentem-se as aparências e um distanciamento cauteloso.
A convivência construída através de relacionamentos rígidos, inflexíveis, dominadores, insensíveis, pode gerar uma estrutura doentia. Como espaço contraditório, a convivência pode ser espaço de opressão, mas também de liberdade e crescimento, quando proporciona relacionamentos equilibrados, onde há respeito mútuo, liberdade de ação, amor e solidariedade proporcionando, apesar das adversidades e das dificuldades normais da vida, uma estrutura saudável àqueles/as que se relacionam.
Aplicação:
Agora, é tempo de vermos alguns tipos de relacionamentos que estão presentes em nossas vidas:

I. RELACIONAMENTO CONSIGO MESMO
Ditado: Levantei com o pé esquerdo!
Tudo irrita, nada é bonito, roupa que não combina, etc.
Exemplo: Mão feia. Tenho que gostar dela pela função que ela desempenha.
II. COMPLEXIDADE DO SER HUMANO
Somos diferentes uns dos outros em vários aspectos:
Sexo: Masculino e Feminino.
Criação diferente
Família diferente
Costumes diferentes
Ambiente diferente
Educação diferente
Oportunidades diferentes na vida.
Notas:
Esta complexidade é muito boa pois nos dá um ar de privacidade;
Temos um espaço; não podemos invadir o espaço do outro;
A nossa liberdade vai até onde a do outro começa
III. PONTOS PRINCIPAIS:
1) Respeitar os sentimentos uns dos outros
a) Alguém diz: Se eu fosse você eu tinha... (falado, feito, ido, manias)
b) Opiniões - todas têm um valor! Considere cada uma!
c) Analise: Por que? Como? Quando? Onde? É verdade ou não? O que levou a pessoa a agir assim?
d) Nomes: Chamar as pessoas pelos seus nomes. Apelidos podem magoar.
2) Compartilhar com o outro suas fraquezas
a) Seja pronto para ouvir e tardio para falar (Ec 5:2; Tg 1.19)
b) Desça no nível da pessoa para que ela não se sinta inferior (Tg 5.16)
c) Você também fez, também é fraco, também precisa orar, tem defeitos.
3) Tenha cautela ao criticar
a) Criticar, sim! Mas, de forma positiva.
b) Quando alguém errar, corrija, mas dê a solução correta.
c) Dizer que alguém fez algo, quando não o fez (Pv 6.19)
4) Honestidade/Sinceridade/Fidelidade
a) Seja honesto, cumpra suas palavras (Mt 5.37)
b) Exemplo: Diz que vai bater no filho e não o faz. Condiciona a criança e não cumpre (mentira).
c) Uma confiança maculada fica difícil de ser recuperada (Jr 9.8, Pv 17.9)
5) Relacionamento com adolescentes
a) É uma idade difícil - sem identidade e de muitos conflitos.
b) Não é protegido como uma criança nem é respeitado como adulto.
Exemplo:
COMO CRIANÇA: Sair sozinho (onde já se viu uma criança sair sozinha!)
COMO ADULTO: Nota escolar (Onde já se viu, um marmanjo desses tirar notas baixas).
c) Como ajudá-lo? Fazendo-o sentir-se:
Útil
Capaz
Respeitado
6) Relacionamento no Cristianismo (UNS COM OS OUTROS)
a) Amai-vos uns aos outros. Romanos 12.10
b) Preferir em honra. Romanos 12.10
c) Servir uns aos outros. Gálatas 5.13
d) Sujeitai-vos uns aos outros. Efésios 5.21
e) Exortar, ensinar, animar, aconselhar. Colossenses 3.16
f) Perdoar, suportar. Colossenses 3.13
g) Confessar, orar. Tiago.5.16
h) Admoestar, repreender com brandura. Romanos 15.14
i) Hospedar. I Pedro 4.9
j) Edificar, consolar. I Tessalonicenses 5.11
k) Ajudar. Gálatas 6.2
l) Humilhar-se. S. João 13.14
m) Alegrar, chorar. Romanos 12.15
Tarefa: Abrir a casa para um tempo de convívio com seu/a companheiro/a de jugo.
3 - Conhecendo Nossos Temperamentos:
Dinâmica: cada um deve expressar qual a sua maior dificuldade em aceitar os erros, a forma de ser e agir de pessoas "diferentes".
Texto base:12.1-13.

Introdução:
Os seres humanos são diferentes uns dos outros em vários aspectos, como já vimos no início do nosso estudo. Também somos diferentes em nossos temperamentos.
Para que possamos ter um relacionamento melhor com as pessoas é necessário que as conheçamos melhor e saibamos respeitar o jeito de ser e reagir a uma situação. Se você não aceita o jeito de ser de outra pessoa, pode ter certeza que alguém também não vai aceitar o seu jeito de ser. Por isso o apóstolo Paulo disse:
"Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como Cristo vos perdoou, assim também perdoai vós." Colossenses 3.13
"Ora, nós que somos fortes, devemos suportar as debilidade dos fracos, e não agradar-nos a nós mesmos." Romanos 15.1.
Aprofundando:
Definição: conforme o Dicionário da Língua Portuguesa, temperamento é:
1) Ato de temperar; 2) Têmpera; 3) Estado fisiológico; 4) Modo de ser, índole, caráter.
Daí surgem outras palavras, tais como:
a) Temperança: Virtude de quem é moderado, sóbrio, comedido
b) Temperamental: Quem tem temperamento instável; diz-se de alguém que se deixa levar pelos impulsos do seu temperamento.

Aplicação:
Examinar o texto de Cl 3. 12-17.
1)Como anda o nosso relacionamento com aqueles/as com quem convivemos?
2)Como está o relacionamento de nossa Igreja?
3)Como está o nosso relacionamento com Deus?
Tarefa: Responda a alguma necessidade de outro membro do grupo esta semana.

Parte III
A Reprodução Enquanto
Obediência à Jesus

1 - Levando um Grupo de Pessoas a um Grupo de Discipulado:

Objetivos dos Encontros: Mostrar a importância de congregar-se, ensinando que não podemos ser bons cristãos sem nos unirmos a uma comunidade ou estarmos isolados dela.
Dinâmica: Partilhar: O que mais tem prevalecido em nossa experiência com e como igreja
Texto base: Ef. 2.12

Introdução:
Não é novidade para ninguém, o fato de que muitas igrejas têm se empenhado em audaciosas campanhas de evangelização visando alcançar o maior no possível de novos convertidos. Através dessas campanhas e estratégias, muitas pessoas são sensibilizadas e, num primeiro momento, passam a freqüentar nossas igrejas com ânimo e muita simpatia. Contudo, também não é novidade o fato de que um no considerável desses novos crentes, precocemente se vêem desmotivados, enfraquecidos, e não permanecem mais nas igrejas. Logo nos primeiros confrontos com os problemas e crises, abandonam a fé e perdem a grande oportunidade de serem trabalhados por Jesus Cristo. (Fl 1: 6).
Aprofundando:
Por que essa realidade é tão freqüente em nossas igrejas? Por que deixamos de ganhar e cultivar tantas vidas? O que temos feito de errado? Afrontados por tais questionamentos somos impelidos a procurar a resposta na Palavra de Deus, estando dispostos a ouvir o que Deus nos diz, em vez de provar aquilo que já sabemos. Ao ler Mt 28: 19-20, recebemos uma revelação alarmante: a comissão de Cristo para a sua Igreja não é fazer convertidos, mas sim fazer discípulos. Dessa forma nos conscientizamos que o discipulado tem sido o elemento que tem estado ausente em muitos ministérios.
Aplicação:
Cientes dessa realidade, devemos declarar, em primeiro lugar, que o cumprimento da grande comissão deve ser o objetivo principal de um programa de discipulado. Em conseqüência a essa obediência, à ordem do Senhor da Igreja, outros objetivos são almejados:
a) o discipulado deve proporcionar o aperfeiçoamento dos cristãos;
b) capacitá-los para a missão;
c) a edificação de uma nova (futura) liderança;
d) proporcioná-lo segurança e certeza de sua nova identidade.
Os dias em que vivemos são realmente difíceis "o mundo jaz no maligno" (I Jo 5:19). Muitas são as vidas que carecem da graça e do amor restaurador de Jesus Cristo. Não podemos nos dar ao luxo de perdermos tantos novos convertidos que vêm até nós e não são devidamente discipulados. O discipulado tem o objetivo de transformar os convertidos em discípulos do Senhor Jesus; pessoas devidamente preparadas e aptas a testemunhar, frutificar e reproduzir em prol da missão.
O discipulado é o único método que produzirá crentes maduros, capazes de intervir na deterioração física e espiritual de nossa sociedade. Essa foi a estratégia usada por Jesus para o anúncio e prosseguimento de sua obra na terra. Sendo Ele nosso maior exemplo, que não venhamos a omitir-nos de seu ensinamento, mas pelo contrário, que venhamos a objetivar a expansão do Reino através do discipulado.
Tarefa: Encontro para um tempo de oração e convívio.

2 - A Importância do Grupo Manter-se ao Corpo:

Dinâmica: Ler Ec 4.9-12. Compartilhar o pensamento principal do texto.
Texto base: ICo 12.12
Introdução:
O ser humano só se realiza em grupos. Você pode imaginar argumentos tais como estes:
1- Gosto de esportes mas nunca vou ao campo. Não tenho tempo de acompanhar os jogos na tv e pelo rádio, detesto ler comentários esportivos. Não tenho contato com clubes e nem quero saber nada do esporte organizado. Continuo a cultivar o gosto pelo esporte à minha maneira, fico em casa sozinho, meditando e pensando nas atividades esportivas que crio mentalmente.
2- Gosto de estudar e aprender, mas faço tudo ao meu modo. Não quero saber de escolas, sistemas de ensino, cursos organizados ou professores treinados e habilitados. Fico pensando em coisas intelectuais em casa.
Se tais argumentos nos parecem absurdos, que tal estes: "Sou cristão e gosto das coisas de Deus, mas não quero saber de qualquer denominação. Prefiro seguir a religião do meu modo. Não sou membro de qualquer denominação, pois, não é isto que salva. Faço minhas orações e meditações individuais, penso em Deus muitas vezes, mas não quero saber de denominação.
O ser humano só se realiza em grupos. Na medida em que nos associamos com outros seres humanos, descobrimos, desenvolvemos e afirmamos nossas potencialidades como pessoas. A igreja proporciona meios para a nossa própria realização. A fé que sentimos e professamos como indivíduos encontra expressão na comunidade da fé, juntamente com os nossos irmão e irmãs.
Aprofundando:
O que a Igreja, como corpo de Cristo, pode proporcionar aos fiéis?
1 UMA IDENTIDADE:
A própria palavra denominação é significativa. Para os antigos, dar nome a alguém ou a alguma coisa era muito mais do que uma descrição externa. O nome exprimia a realidade profunda e a própria natureza do ser ou do animal ou objeto. I Sm 25: 25 fala de um tal Nabal (a palavra significa "estúpido" ou "tolo"). O texto afirma: o que significa o seu nome isso ele é. O cristão recebe uma identidade, uma caracterização (um nome) quando se filia a uma denominação. METODISTA é um cristão que leva método e seriedade à sua vida religiosa, que organiza e disciplina seus atos para dar um bom testemunho. É conhecido como um cristão bem equilibrado que encontrou um meio termo entre uma fé espontânea e entusiasta e ao mesmo tempo uma expressão ordeira e sistemática da sua fé. É um que sabe o que crê, mas ao mesmo tempo estende sua mão em serviço ao seu próximo por amor a Cristo. Essas atitudes estão implícitas no nome Metodista que nos identifica.
2- OFERECE ESTRUTURAS PARA TESTEMUNHO:
Como cristão individual quero ajudar aos pobres, realizar ministérios especiais entre vários povos, publicar livros e literatura cristã, alcançar grupos bem distantes com a mensagem de Cristo, participar na vida social e política da nação e exercer minha influência para o bem da comunidade. Mas um indivíduo isolado consegue pouco ou nada. Uma denominação pode organizar trabalhos de ação comunitária, montar editoras, preparar obreiros para ministérios especiais e realizar trabalhos em resposta à missão. Através destas estruturas e organizações, o indivíduo pode participar de uma variedade de trabalhos que seriam impossíveis para alguém isolado.
3 - SERVE DE AIO PARA FACILITAR E POSSIBILITAR A VIDA CRISTÃ:
Paulo lança mão desta figura para descrever o papel da lei na vida do cristão. "Aio" era uma espécie de atendente ou acompanhante da criança durante seus anos de estudos (de 06 a 16 anos). O "aio" não era o professor, com responsabilidades de orientar o ensino propriamente dito, mas um escravo ou servo com a responsabilidade de acompanhar a criança até a escola, protegê-la no caminho, fiscalizar suas atividades e se necessário, discipliná-la em caso de qualquer desvio ou negligência.
Em outras palavras, o "aio" tinha de levar meninos à escola (mesmo contra a sua vontade às vezes), fazer preguiçosos estudarem as lições e dar os incentivos necessários aos rebeldes e revoltados, para que não abandonassem seus estudos antes de completar as tarefas exigidas.
A denominação tem tarefa semelhante à do aio hoje, ela organiza uma vida comunitária, disciplina os seus e leva a todos até a presença do Mestre, onde cada um possa crescer e desenvolver conforme o plano divino. É evidente que as denominações não são definitivas. A princípio havia apenas uma Igreja, sem distinção de nomes. Hoje, existem uma série de denominações, mas o importante é termos consciência se estamos de fato sendo guiados até a presença do Mestre.

Aplicação:
1- É possível exercermos a nossa fé isoladamente? Comente.
2- Porque precisamos congregar?
3- O que você entende por ser membro do Corpo de Cristo?
Tarefa: Durante a semana, os/as companheiros/as de jugo deverão ter um encontro de convívio e para refletirem na mensagem de I Co 12. 1-13.

3 - Resolvendo Conflitos
Objetivo: A luta pela paz é extremamente necessária e sua implantação implica em atitudes concretas em seu favor.
Dinâmica: O grupo deve estar assentando num círculo. Cada pessoa deverá dizer o seu nome e uma palavra que expresse como está se sentido.
Antes de dizer os eu nome, cada um deve dizer o nome de todas as pessoas que falaram antes. Porém, as palavras já usadas não poderão ser repetidas.
Texto base: Atos 6.1-7
Introdução:
Os conflitos são inevitáveis. Eles não são problema. Maior dificuldade é ter sabedoria para resolvê-los à luz do Espírito Santo. Talvez seja a tarefa mais árdua do ser humano, dos cristãos/ãs.
Todos os segmentos de nossa vida estão fundamentados em uma vivência comunitária, ou seja, vivemos em comunidade: no trabalho, na escola, na família e na igreja, sempre estamos ligados a um grupo. Desta forma, nossa prática de fé cotidiana e outros posicionamentos nos levam a definir que tipo de relacionamento vamos ter e com quem será este relacionamento. No trabalho, evidentemente, com aquelas pessoas que têm profissões afins. Onde residimos, com aquelas que possuem o mesmo estilo de vida. Na igreja, com aqueles/as que expressam sua fé semelhantemente a nós.
Os conflitos surgem no exato momento em que aparecem pessoas diferentes dentro dos referidos espaços ( postura, pensamento, ideais,vestimenta, situação social). Quando isto acontece, infelizmente, há sempre um sentimento de rejeição, que pode expressar-se até de uma forma violenta.
Aprofundando:
O texto nos fala de um conflito iminente. Alguém estava sendo menosprezado na distribuição diária. ( distribuição de alimentos). Os Apóstolos inspirados por Deus, tomam a sábia decisão de colocarem-se em oração, buscando a orientação para solucionar o conflito.
Infelizmente, a Igreja, em variados momentos, não aprendeu a se portar com uma comunidade terapêutica., que se aproxima das pessoas, oferecendo-as uma expectativa de esperança. Com toda certeza, existe um motivo pelo qual o Senhor da Seara, capacitou e inspirou seres humanos a escreverem as Sagradas Escrituras, que nos capacitam e nos orientam com muita propriedade. Suas orientações são fundamentais para um relacionamento saudável e aconselha como podemos resolver os conflitos existentes em nosso meio.
Aplicação:
Como o grupo reage quando uma pessoa se manifesta de uma forma que não está de acordo com as suas expectativas?
Como estão as relações nos dias de hoje?
Como temos resolvido os conflitos existentes na igreja e na vida?
Como o exemplo do texto base pode nos ajudar
Tarefa: Encontre-se com alguém do grupo esta semana. Façam alguma coisa juntos. Descobrir e anotar três coisas que ainda não sabia de seu/a companheiro/a de jugo.

Parte IV
Os Mandamentos
Recíprocos
1 - TENDE IGUAL CUIDADO UNS PELOS OUTROS


Sinônimos: cooperai, com igual cuidado, em favor uns dos outros, sede solícitos uns para com os outros.

O MANDAMENTO
Em I Co. 12:24b-25, Paulo escreve: “Contudo Deus coordenou o corpo concedendo muito mais honra àquilo que menos tinha, para que não haja divisão no corpo, pelo contrário, COOPEREM OS MEMBROS, COM IGUAL CUIDADO, EM FAVOR UNS DOS OUTROS”.
DEFINIÇÃO
Ter igual cuidado uns pelos outros é o mesmo que mostrar igual e imparcial interesse pelo bem-estar e pelo ministério de cada membro, tendo por motivo o pleno reconhecimento e aceitação da posição e função que esse membro recebeu de Deus, para um ministério útil do corpo de Cristo.
EXEMPLO
“Quando, pois, alguém disser: Eu sou de Paulo; e outro: Eu sou de Apolo; não é evidente que andais segundo os homens? Quem é Apolo e quem é Paulo senão servos por meio de quem crestes, e isto conforme o Senhor concedeu a cada um. Eu plantei, Apolo regou, mas o crescimento veio de Deus. De modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus que dá o crescimento. Ora, o que planta e o que rega são um, e cada um receberá o seu galardão, segundo o seu próprio trabalho”.(ICo. 3.4-8)
EXEMPLOS NEGATIVOS
“Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária”. (At. 6.1)
“Ouvi meus amados irmãos. Não escolheu Deus os que para o mundo são pobres, para serem ricos em fé e herdeiros do reino que Ele prometeu aos que o amam? Entretanto, VÓS MENOSPREZASTES O POBRE. Não são os ricos que vos oprimem e não são eles que vos arrastam para os tribunais?” (Tg. 2.5-6)
A SITUAÇÃO ATUAL
Em muitas igrejas da atualidade, ainda persiste o problema do cuidado desigual para com os membros. Quase sempre uma igreja terá certos membros que são humildes e normais, porém, não dispõem de grandes talentos humanos. Estes são muitas vezes, tolerados; ao passo que outros membros, por serem bons professores, ou ricos e de muita influência na sociedade, são altamente honrados. Por um lado, irmãos menosprezados e ignorados, e por outro, irmãos arrogantes. Para tais situações é que existe o mandamento bíblico: “Tende igual cuidado uns para com os outros”.
DÊ SUA OPINIÃO:
1- Há arrogância ou orgulho da parte daqueles membros que tem dons ou ministérios mais visíveis? (I Co. 12.21)
2- Há inveja ou ciúme por parte dos membros cujos dons e ministérios sejam mais comuns e menos aparentes? (I Co. 13.4; 12.15-16)
(Puxa, mas Deus não deixa nem uma folguinha para o egoísmo?).
VALOR DO MANDAMENTO
Quando todo membro de determinada igreja é igualmente solícito em favor de todos os outros membros, a unidade do grupo se preserva e se aumenta, por se evitar as divisões partidárias. As rivalidades, o orgulho, a inveja e a auto-suficiência são refreadas, e o que se apresenta ao mundo é um testemunho harmonioso. Quanto mais aumentar dentro do corpo o amor, mais o mundo ao redor poderá reconhecer aos cristãos como sendo verdadeiros discípulos do Senhor Jesus.

2 - SUPORTAI-VOS UNS AOS OUTROS
INTRODUÇÃO
Na igreja primitiva se encontravam, lado a lado, pessoas das mais diversas camadas sociais, tendo uma variedade de opiniões e de maneiras de fazer as coisas, bem como diferentes graus de maturidade na fé. Alguns dos cristãos demoravam a aplicar a cruz de Cristão às velhas atitudes pecaminosas e se revestir do novo homem. Alguns se orgulham de sua avançada espiritualidade (que muitas vezes não passava de possuírem mais conhecimentos, do que estavam praticando); outros se entregavam às críticas; ainda outros eram dados à inveja; havia irmãos briguentos. Havia cristãos com hábitos e cacoetes irritantes; e outros irritadiços. Enfim, a igreja era composta de cristãos que, apesar de terem se entregado sem reservas a Cristo, ainda eram imperfeitos, pecadores.
À igreja primitiva, Paulo mandou que suportassem uns aos outros. Ninguém entre eles era absolutamente perfeito; todos precisavam caminhar mais e mais de acordo com a Palavra de Deus. A igreja de nossos dias se encontra nas mesmas condições. O mandamento que Paulo entregou há tantos séculos valem igualmente para os dias de hoje.
O MANDAMENTO
Encontra-se 2 vezes no NT, em Efésios e Colossenses. Paulo as escreveu na época da sua prisão em Roma:
“Rogo-vos eu o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, esforçando-nos diligentemente por preservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz”. (Ef. 4.1-3)
“Revesti-vos, pois como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade. suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou assim também perdoai vós, acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição”. (Cl. 3.12-14)
OBSERVAÇÃO
No original, esse verbo suportar está, tanto em Efésios quanto em Colossenses, na forma do gerúndio (suportando-vos). Isto significa que o mandamento não pode ser separado do seu contexto imediato. Examinando os trechos já citados, notamos que os mandamentos diretos são: “Revesti-vos... de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade”. (Cl. 3.12) e “Rogo-vos... que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados” (Ef.4.1). A prova de estarmos andando de modo digno e nos revestindo das qualidades de coração que Deus requer, é o fato de estarmos dispostos a suportar aos irmãos, e isto é o padrão que Deus requer dos que receberam a sua chamada para serem da família celestial.


DEFINIÇÃO
Suportarmo-nos uns aos outros quer dizer que vamos agüentar e tolerar generosamente, as atitudes e ações desagradáveis e ofensivas dos irmãos.

EXEMPLO NEGATIVO
“Mas irá um irmão a juízo contra outro irmão, e isto perante incrédulos? O só existir entre vós demandas já é completa derrota para vós outros. Por que não sofreis antes a injustiça? Por que não sofreis antes o dano?” (I Co. 6.6-7)
MINHA OPINIÃO É:
* O que temos que fazer para suportar o irmão, já que é um mandamento do Senhor e temos que obedecê-lo?

3 - SUJEITAI-VOS UNS AOS OUTROS
Sinônimo: Submetei-vos uns aos outros
INTRODUÇÃO
“Mas não me venha com idéias ridículas, homem! Não é possível que a gente faça de outra maneira, a não ser do jeito que já mostrei a vocês! Se começarmos a admitir tudo quanto for sugestão que passar pela cabeça de alguém, vamos ter a mais completa confusão!”.
Já ouviu falar deste jeito? Pois também na igreja de Corinto se escutava este tipo de conversa. O partido “Paulo” se achava mais apto do que os outros para explicar a sã doutrina; opinião que de maneira alguma era aceita pelo partido “Apolo”, nem pelo de “Cefas”, muito menos pelo de “Cristo”, porque cada um desses sub-grupos se julgava o melhor. Uns membros opinavam que não se deveria comer carne já oferecida a ídolos, outros que se reuniam com eles, rejeitavam totalmente tal escrúpulo. As mulheres não se sujeitavam a usar véu, embora fosse, naquela época, sinal de respeito. Algumas não se submetiam à disciplina de permitir somente aos homens a autoridade de ensinar à igreja.
Não acontece o mesmo hoje? Alguém faz uma coisa, não porque tenha convicção de que é bom e proveitoso fazê-lo, mas para “provar a essa gente que eu sou dono do meu nariz”. “Esses coroas querem limitar o tamanho da minha cabeleira, né? Pois agora é que eles vão ver o que é tamanho!” “Não gosto da decisão dos líderes. Vou parar de dar o dízimo até que eles aprendam a fazer as coisas de um jeito que me agrade”.
A Bíblia não nos deixa dúvida quanto à vontade do nosso Senhor, a respeito da nossa tendência a sermos insubmissos. Paulo Escreveu:
O MANDAMENTO
“E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor, com hinos e cânticos espirituais, dando sempre graças por tudo a nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, SUJEITANDO-VOS UNS AOS OUTROS no temor de Cristo”. (Ef. 5.18-21)
DEFINIÇÃO
SUJEITARMO-NOS UNS AOS OUTROS significa que cada um de nós se considera submisso à autoridade dos irmãos, cooperando facilmente com as instruções, os desejos e os pedidos dos mesmos.
EXEMPLOS
Depois da gloriosa experiência de, com apenas 12 anos de idade, confundir mestres da Lei na importante cidade de Jerusalém, Jesus “desceu com eles (José e Maria) para Nazaré, PORQUE LHES ERA SUBMISSO” (Lc. 2.51a). Cidadezinha sem importância, gente sem projeção social, mas Jesus foi submisso.
“Mas graças a Deus, que pôs no coração de Tito a mesma solicitude por amor de vós porque ATENDEU AO NOSSO APELO e, mostrando-se mais cuidadoso, partiu voluntariamente para vós outros”. (2Co. 8:16-17).
A SUBMISSÃO é oferecida livre e espontaneamente de uma pessoa a outra. É uma atitude que a pessoa se impõe a si mesma, por humildade e abnegação. É uma expressão do amor, que “não procura os seus interesses” (ICo. 13:5), antes, procura servir ao próximo (Gl. 5:13; IPed. 2:16, 17).
MINHA OPINIÃO É... 1) “Porque devo me submeter a autoridade de liderança espiritual?”
2) Tenho facilidade de me submeter ao meu irmão?

4 - SEDE SERVOS UNS DOS OUTROS

SINÔNIMO: SERVIR UNS AOS OUTROS
INTRODUÇÃO
O mundo em que vivemos emprega vários critérios para avaliar a grandeza de um homem: a extensão do poder que exerce sobre os semelhantes; posição social; cargo industrial; riquezas; posses imobiliárias; a realização de uma façanha muito difícil. Do modo geral, ser grande significa poder controlar muitas outras pessoas. “Mas entre vós” – disse Jesus – “não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós, será servo de todos” (Mc. 10:43-44). O povo de Deus, a igreja, não deve conformar-ser com os padrões mundanos. O nosso padrão foi estabelecido por Jesus Cristo, o qual veio a este mundo, “não para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate por muitos”. (Mc. 10:45)
O MANDAMENTO
Em Gl. 5:13-14, Paulo escreve: “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade: porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; SEDE antes, SERVOS UNS DOS OUTROS, pelo amor. Porque toda a lei se cumpre em um só preceito, a saber: Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Pedro também apresentou este mandamento: “SERVIR UNS AOS OUTROS, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus”. (1 Pe. 4:10)
OBSERVAÇÃO: CONTEXTO HISTÓRICO
Na província da Galácia, onde Paulo e Barnabé haviam fundado igrejas durante a 1ª viagem missionária, certos homens chegaram e começaram a ensinar, aos cristãos gentios, que eles precisavam aceitar a circuncisão, e com ela a responsabilidade pela prática da inteira lei de Moisés para serem agradáveis a Deus. Sabendo disto, Paulo imediatamente escreveu uma carta de advertência e recordação, lembrando-lhes que Cristo o libertara da escravidão ao legalismo, dando-lhes o seu Espírito, para viverem através da fé. Ao mesmo tempo, Paulo advertiu aos gálatas que não usassem a sua liberdade da lei mosaica, para se entregarem ao egoísmo desenfreado. Antes, deveriam considerar-se servos: não da lei, mas uns dos outros, pelo amor de Cristo.
DEFINIÇÃO: SERVOS UNS DOS OUTROS
Pelo amor, vamos livres e espontaneamente, nos obrigar a realizar em a favor dos irmãos, todo serviço necessário ou útil ao seu bem-estar espiritual, físico ou mental.
EXEMPLOS:
Um dos primeiros atos do carcereiro de Filipos, após a conversão foi: (Leia Atos 16:33). Paulo colocava a sua habilidade profissional a serviço dos colegas de equipe, em horas de necessidade financeira: (Leia Atos 20:34 NTV). Onesíforo foi um excelente exemplo de servo, segundo o que Paulo disse à Timóteo. (Leia 2 Tm. 1:16-18)
IMPLICAÇÕES
Eis algumas implicações para nós, o mandamento para que SEJAMOS SERVOS UNS DOS OUTROS:
A. Tornar-se servo em relação aos irmãos, é uma servidão que o cristão IMPÕE A SI MESMO. Não é por exigência dos outros que servimos, e, sim, porque isto é uma das melhores e mais naturais dentre as maneiras de expressar o afeto e o amor.
B. É um mandamento RECÍPROCO. Isto põe em destaque o fato de que o N.T. não reconhece, para a igreja, uma hierarquia de dominadores. É mútuo o dever de servir. Os líderes, muito embora recebam autoridade espiritual dentro da igreja, são escolhidos principalmente para SERVIREM de modo especial ao corpo de Cristo; é intolerável que se considerem senhores e dominadores da igreja. (1 Pe. 5:3)
C. Os serviços prestados aos outros dependem de SITUAÇÕES ESPECÍFICAS, não de um programa rotineiro. Quando surgirem necessidades individuais irmãos deverão oferecer auxílio na hora.
D. Para se tornar servo dos irmãos, o cristão precisa ENVOLVER-SE de modo ativo nas suas vidas. Não se pode suprir as necessidades de alguém a quem não se conheça e pelo qual não se tenha afeto. Estas coisas vêm através do convívio E ISSO EXPLICA A IMPORTÂNCIA DO DISCIPULADO.
E. O tornar-se servo dos irmãos exige abnegação e sacrifício. Os serviços prestados ocupam tempo e energia. É preciso que o cristão se disponha a ajudar em qualquer hora, e por todos os meios disponíveis: talentos, capacidades, posses materiais.
MINHA OPINIÃO: “SERVIR É PRAZEROSO? COMO POSSO SENTIR PRAZER EM SERVIR?”

5 - NÃO VOS MORDAIS E DEVOREIS UNS AOS OUTROS

INTRODUÇÃO

‘Imagine a terrível cena que tantas vezes se repetia na arena romana: um pequeno e indefeso grupo de cristãos, repentinamente atacados por esfomeadas feras, diante do cruel e indiferente olhar da multidão nas arquibancadas. As presas estraçalhavam os corpos, as carnes dos nossos irmãos são abocanhadas pelas feras...REPUGNANTE? Claro que sim, mas quanto não seria aumentado o horror da situação, se as feras fossem repentinamente desmascaradas e se revelassem como sendo, na realidade, OUTROS CRISTÃOS?
Tal foi o retrato que Paulo pintou dos cristãos da Galácia, a fim de que entendessem o aspecto que apresentavam aos olhos de Deus nas horas em que se entregavam às brigas e às contendas. Você já notou, provavelmente, como isso é fácil acontecer nas igrejas de hoje? O que começa como simples troca de idéias divergentes sobre um ponto de doutrina, uma diretriz administrativa ou um aspecto da conduta dos membros, se começa a atacar uns aos outros. É terrível saber que a gente pode desencadear dentro do corpo que Cristo tanto ama, esta série de males progressivos: mordidas, devorações e destruição!
O MANDAMENTO
Em Gl. 5:14-15, Paulo escreve: “Porque toda a Lei se cumpre em um só preceito, a saber: amarás o teu próximo como a ti mesmo. Se vós, porém, VOS MORDEIS E DEVOREIS UNS AOS OUTROS, VEDE QUE NÃO SEJAIS MUTUAMENTE DESTRUÍDOS”.
DEFINIÇÃO
MORDER e DEVORAR é expressar hostilidade e má-vontade para com um ou mais irmãos, por meio de ataques sobre o seu caráter, valor, propósito, crenças ou ações, afim de estabelecer alguma vantagem ao atacante.
OBSERVAÇÃO
Este Mandamento emprega linguagem imaginosa e pitoresca. Morder e devorar são atividades próprias das FERAS: do gato em relação ao camundongo, do leão em relação ao antílope, etc. È como se Paulo nos dissesse: “Quando vocês tratam desta maneira os outros, é como se deixassem de agir como SERES HUMANOS, e muito menos como CRISTÃOS!” O mandamento exige, portanto, a nossa profunda atenção, para que evitemos ou eliminemos da igreja, situação tão desastrosamente ruim.
EXEMPLO NEGATIVO
“Eu mandei à igreja uma cartinha a respeito disto, porém o orgulhoso Diófetres, que gosta de aparecer como líder dos cristãos daí, não admite a minha autoridade sobre ele e se recusa a ouvir-me. Quando eu for, contarei a você algumas coisas que ele está fazendo, e as COISAS PERVERSAS QUE ANDA FALANDO A MEU RESPEITO, E A LINGUAGEM INSULTOSA QUE ESTÁ USANDO. Ele não somente se recusa a acolher os missionários em viagem, mas diz aos outros que não o façam e quando eles fazem PROCURA EXPULSÁ-LOS DA IGREJA” (3Jo. 9-10) N.T.VIVO
MINHA OPINIÃO É:
Como podemos evitar discussões que acabam magoando?
Como resolver uma situação em que todos perdem a “cabeça”?

6 - MANDAMENTO RECÍPROCO FUNDAMENTAL
NO QUAL OS OUTROS SÃO FUNDAMENTADOS:

AMAI-VOS UNS AOS OUTROS
INTRODUÇÃO

Pouco antes de ser preso, julgado e morto, Jesus passou uma última noite em companhia dos discípulos. Valeu-se da ocasião para instruir, consolar e preveni-los. Sabendo que dispunha de pouco tempo para estar com eles e que em breve os deixaria, Jesus contou aos discípulos alguns dos fatos mais básicos e importantes da vida cristã. Falou sobre o significado de sua morte, a vinda do Espírito Santo, a esperança da vida vindoura na casa do Pai, a missão a ser cumprida pelos discípulos, e também sobre o conflito entre o mundo e os crentes. Nessa noite Ele deu aos seus discípulos um derradeiro mandamento: que se amassem uns aos outros. Esse mandamento refletido em quase todos os livros do N.T. é fundamental à vida cristã, e a todos os demais recíprocos.

O MANDAMENTO
Disse Jesus: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros”. Primeiro enunciado em Jo. 13:34, este mandamento também se encontra, direta ou indiretamente, nos seguintes trechos.
(Jo. 15.13-17, Tg. 2.8, Gl. 5.6, I Tes. 3.12; 4.9-10, I Pd. 1.22; 3.8 e 2 Jo. 5)
ALVO
Jesus atribuiu a suma importância possível a este mandamento, quando afirmou que a OBEDIÊNCIA ao mesmo, seria o universal distintivo de todo o discípulo seu. “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros”. (Jo. 13.35)
O apóstolo João também deu grande importância a este mandamento, quando disse que o homem que NÃO AMA a seu irmão, TÃO POUCO AMA a Deus: “Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus a quem não vê” (I João 4.20).
IMPLICAÇÕES
Este preceito tem pelo menos, 2 implicações básicas:
* Que nos amemos uns aos outros NÃO É OPTATIVO. De todos os que crêem no Senhor Jesus, é requerido que amem a todos os outros que também n’Ele crêem. NÃO AMAR é desobedecer à ordem explícita do Senhor Jesus.
* Que nos amemos uns aos outros NÃO É AUTOMÁTICO. É algo que faremos ou não, de acordo com nossa vontade de obedecer.
BASE PARA DEFINIÇÃO
Amor é uma palavra quase impossível de se definir, mesmo quando descartamos as idéias falsas do amor e nos restringimos àquelas apresentadas pela Bíblia. Ele é algo interior, que se demonstra pelas ações. Essa ligação entre atitude interna e ações externas, João menciona quando procura definir em I João 4.8-10, o amor de Deus:
“Deus é amor. Nisto se manifestou o amor de Deus em nós, em haver Deus, enviado ao mundo o seu Filho unigênito, para vivermos por meio d’Ele. Nisto consiste o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou, e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados”.

MINHA OPINIÃO É:
• Devo amar a todos indistintamente?
Rev. Roberto Rodrigues Lugon

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