CÉLULAS

A VISÃO DE UMA IGREJA EM CÉLULAS
Nosso encargo é edificar uma igreja de vencedores, na qual cada membro é um ministro e cada casa uma extensão da igreja, conquistando, assim, a nossa geração para Cristo, através de células que se multiplicam uma vez por ano.
A visão
Cada crente, um ministro. Na maioria das igrejas, hoje, não há nenhum senso de Corpo de Cristo, na qual os membros possam estar envolvidos de maneira funcional. Por causa disso, muitos, por decisão pessoal, escolhem sentar-se nos bancos da igreja dispostos a não se envolverem. Dentro da visão de células não há como não se envolver! Estar na visão é estar comprometido. Crentes que não se envolvem são crentes “parasitas” em vez de produtores. É pelo contexto da célula que existe a oportunidade para o crente ser produtivo; contexto esse que já não existe na maioria das igrejas! O sistema de Jesus foi projetado para resultar em produtores, e não em consumidores ou parasitas. Muitos encaram a igreja como uma loja de prestação de serviços espirituais onde podem buscar, quando quiserem, uma ministração forte, uma palavra viva e interessante, uma aula apropriada para seus filhos, uma ambiente agradável, e assim por diante. Quando os serviços da igreja caem de qualidade, por algum motivo, então saem à procura de outro “shopping espiritual”. Jesus nos chamou para fazer discípulos e não apenas convertidos! Buscamos ser um povo com uma vida cristã sólida, que possui uma vida cristã sólida, que possui uma vida regular de oração e leitura da Palavra de Deus e cujas famílias têm casas aquecidas pelo amor de estar servindo a Deus dentro da Igreja, de acordo com os seus dons.
Por que células?
·                                 Porque a igreja deve crescer e se multiplicar.
·                                 Porque queremos ser uma igreja de vencedores.
·                                 Porque queremos ser uma comunidade transformadora.
·                                 Porque elas são a vida normal da igreja.
·                                 Porque a igreja precisa ser uma grande família.
As células estão na Bíblia
Em Atos 2.46, Lucas diz que diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam o pão de casa em casa, e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração. Atos 5.42, afirma que todos os dias, no templo, e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar a Jesus, o Cristo. A igreja se reunia nas casas. As casas eram uma extensão da igreja.
Depois de saírem da prisão, Paulo e Silas se dirigiram para a casa de Lídia, que era o lugar onde os irmãos se reuniam: “Tendo-se retirado do cárcere, dirigiram-se para a casa de Lídia, e vendo os irmãos, os confortaram.” (At 16.40). Nos dois primeiros séculos, se você perguntasse pela igreja numa cidade, você seria conduzido a uma casa. Portanto, a igreja em células é inteiramente bíblica!
Falando aos presbíteros de Éfeso, Paulo os exorta dizendo que ele próprio jamais havia deixado de anunciar alguma coisa proveitosa, de ensinar publicamente, e também de casa em casa (At 20.20). A forma como Paulo envolvia duas dimensões: reuniões públicas e reuniões de casa em casa.

Pastor Lugon
pastorlugon@hotmail.com



COMO ORGANIZAR UM EVENTO DE COLHEITA
1. Planejamento e preparação.

Um “evento-de-colheita” é um evento de evangelismo. Ele pode ser de muitos tipos: um partida de futebol, um dia no campo, um piquenique, uma festa, etc. O mais comum é fazermos algum tipo de festa. Toda célula deve realizar pelo menos um “evento-ponte” por mês. Nem sempre as pessoas se converterão nele, mas certamente um laço de amizade será formado para uma oportunidade futura.
O planejamento é a chave para o sucesso de um “evento-ponte”. Preparação é a chave para a implementação de um plano. “Eventos-ponte” não acontecem por acaso. Alguém deve fazer com que eles aconteçam! Alguém deve decidir que tipo de festa se fará, onde será e quando irá acontecer.
No planejamento do evento, o líder precisa pensar em coisas como:

a. “- O que vestiremos?” Sempre há a possibilidade de um convidado vir com roupa inadequada.

b. “- O que comeremos?” Uma festa sem comida é uma incoerência.

c. “- Como os convidados se sentirão?”; “- Quem irá recebê-los à porta?”; “- Quem irá acolhê-los?”

d. “- O que fazer com as crianças?”; “- E se os convidados trouxerem seus filhos pequenos?”

e. “- Como reagir, se o convidado pedir uma bebida alcoólica?”

Nós precisamos planejar nosso trabalho e trabalhar nosso plano depois. Depois de planejar, precisamos, então, distribuir responsabilidades. É preciso decidir quem fará cada coisa; mas lembre-se: distribua responsabilidades e faça as cobranças devidas no tempo certo! Não permita que ninguém deixe de fazer a sua parte!
2. As atividades.

Defina se na festa haverá algum tipo de brincadeira - como jogos ou dinâmicas. Escolha atividades que não exijam experiência. Quanto mais a atividade tirar o constrangimento das pessoas e puder fazê-las rir, melhor. Charadas e jogos de mímica são muito divertidos e simples. Não importa o que se faça no evento, o importante é que a festa não seja chata e maçante.
3. Criando afinidades.

O alvo do “evento-ponte” é que as pessoas se sintam tão a vontade, que desejem vir a fazer parte do grupo. Para isso, elas têm de ter afinidade - sentir que possuem algo em comum com o grupo. As pessoas gostam de estar com outras com as quais elas sentem afinidade. Engenheiros gostam de estar com engenheiros, músicos com outros músicos, e assim por diante. Depois de algum tempo conversando as pessoas perceberão que não somos tão diferentes como elas imaginavam.
4. Converse com o convidado.

A maneira de estabelecermos afinidade é através de conversas. Os membros da célula não devem fazer rodinhas para conversar entre si; o alvo é envolver e fazer amizades com os convidados. Se um convidado ficar sozinho, enquanto os crentes conversam entre si, ele se sentirá excluído e, provavelmente, nunca irá à igreja, por causa disso. Normalmente, serão os membros da célula que terão de puxar conversa com o convidado. Use perguntas comuns que não tenham o tom de interrogatório, tais como: “- Há quanto tempo você vive aqui?”; “- De onde você é?”; “- Você trabalha em quê?”; “- Você tem filhos?”; “É casado?”; etc. Se o convidado tocar num assunto que você conhece, vá fundo nele, mas se ele tocar em algo que você desconhece completamente, faça disso sua arma para prolongar a conversa. Nada melhor do que fazer uma investigação a respeito de uma profissão - ou assunto - do qual você não sabe nada a respeito.
O melhor assunto para se conversar é aquele a respeito do qual não sabemos nada. É bom porque não temos de fazer nada - apenas ouvir o outro. As pessoas adoram falar de si mesmas. Conversação é uma habilidade. Uma habilidade de ser curioso, uma habilidade de fazer perguntas e acima de tudo uma habilidade de ouvir. Mas envolve também uma habilidade de contar histórias e uma habilidade de bom humor (quem sabe uma boa e santa piada?).
5. A hora da comida.

No momento da comida, o ambiente já deverá estar mais livre e as pessoas provavelmente já estarão rindo e contando as suas histórias. Não podemos programar o riso, mas, numa festa onde não há risos, certamente há algo errado. Rir é estar transbordante com a vida! Sorrir é um dom de Deus!
6. Finalize com um testemunho.

Tudo o que for feito deve ser permeado de oração e jejum. Toda a célula deve se envolver, orando pelas pessoas que serão convidadas. Teremos momentos de descontração e conversa, mas precisamos terminar com um testemunho. É melhor que ele seja antes dos “comes-e-bebes”. Que seja breve e focalizado nas necessidades das pessoas.
7. Consolide os convertidos

Podemos fazer apelo ou não em um evento-ponte, tudo depende do ambiente. Mas uma vez que façamos o apelo, algumas pessoas poderão se decidir. Nesse caso precisamos consolida-la na vida da célula. Siga as recomendações que mencionamos no final do capítulo anterior.