segunda-feira, 27 de abril de 2015



O amor prova espiritualidade e conduz à missão

INTRODUÇÃO
Nesses dias tenho pensado sobre os essenciais do Cristianismo. Estou convicto que os periféricos da vida e ministério podem facilmente nos desviar da prática do Cristianismo bíblico e simples, fazendo com que nossa atenção, energias, dons e relacionamentos se desgastem nas notas de rodapé de uma religiosidade quase vazia. Há diversos essenciais na vida Cristã. Um deles é o amor.
Preocupo-me quando apregoamos uma verdadeira espiritualidade, mas não amamos, quando a Igreja não consegue chorar com os que choram, ou quando nossos relacionamentos vão se tornando cada vez menos sinceros e mais utilitários. Preocupo-me quando o mundo age com mais graça e misericórdia com o caído do que o povo de Deus o faz. Preocupo-me quando a Igreja passa a definir sua experiência de fé a partir de seus ajuntamentos solenes e não dos seus relacionamentos diários. Preocupo-me quando não amamos.
Ao escrever a primeira carta aos Coríntios, Paulo reserva os capítulos 12 e 14 para expor sobre os dons espirituais, pois era um assunto de relevância e necessidade. Entre os dois capítulos sobre dons espirituais, Paulo enxerta um dos textos mais definidores da nossa fé: o capítulo 13, o qual nos apresenta a centralidade do amor na vivência Cristã. Mostra-nos, assim, a possibilidade de sermos uma Igreja com aparência, forma e discurso espiritual, mas de fato carnal, um corpo com a presença de dons espirituais, mas sem o essencial do Cristianismo. A mensagem nesse capítulo é clara: o amor é superior aos dons.
Creio que, além do já descrito, o amor também nos conduz à missão. Somos todos certamente capazes de apregoar os fundamentos da missão e expor com clareza o conceito de sua integralidade. Mas, sem amar continuaremos passando ao largo perante o caído ao longo do caminho, que sofre, e virando o rosto aos que ainda não ouviram de Jesus. Seremos, assim, cristãos de gabinete, escrevendo sobre o que não experimentamos, ou cristãos pragmáticos, fazendo o que é certo pelos motivos errados, sem amor
Ronaldo Lidório

OS ESSENCIAIS DO EVANGELHO



OS ESSENCIAIS DO EVANGELHO
1 Co 15.1-4
INTRODUÇÃO
A palavra "evangelho" significa "boas novas" e é mais bem definida como a mensagem de perdão do pecado através da obra expiatória de Jesus Cristo. É essencialmente o plano de resgate de Deus para aqueles que confiam em Seu divino Filho a fim de se reconciliarem com um Deus justo e santo. O conteúdo essencial da mensagem salvadora é claramente definida para nós na Bíblia.
Na primeira carta do apóstolo Paulo aos Coríntios, ele expõe o conteúdo da mensagem do evangelho: "Irmãos, quero lembrar-lhes o evangelho que lhes preguei, o qual vocês receberam e no qual estão firmes. Por meio deste evangelho vocês são salvos, desde que se apeguem firmemente à palavra que lhes preguei; caso contrário, vocês têm crido em vão. Pois o que primeiramente lhes transmiti foi o que recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras" (1 Coríntios 15.1-4).
Nesta passagem, vemos três elementos essenciais da mensagem do evangelho. Primeiro, a frase "morreu pelos nossos pecados" é muito importante. Como Romanos 3.23 nos diz: "pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus." A realidade do pecado precisa ser reconhecida por todos que se aproximam do trono de Deus para a salvação. Um pecador deve reconhecer o desespero de sua culpa perante Deus para que o perdão possa ocorrer, e ele deve entender que o "salário do pecado é a morte" (Romanos 6.23). Sem esta verdade fundamental, nenhuma apresentação do evangelho é completa.
Segundo, a pessoa e obra de Cristo são componentes indispensáveis do evangelho. Jesus é tanto Deus (Colossenses 2.9) quanto homem (João 1:14). Jesus viveu a vida sem pecado que nunca poderíamos viver (1 Pedro 2.22) e é o único que podia morrer uma morte substitutiva pelo pecador. O pecado contra um Deus infinito requer um sacrifício infinito. Portanto, ou o homem, que é finito, tem de pagar a pena por um período infinito de tempo no inferno, ou o Cristo infinito deve pagar essa penalidade uma só vez. Jesus foi à cruz para pagar a dívida que devemos a Deus pelo nosso pecado, e aqueles que são cobertos pelo Seu sacrifício herdarão o reino de Deus como filhos do rei (João 1.12
Terceiro, a ressurreição de Cristo é um elemento essencial do evangelho. A ressurreição é a prova do poder de Deus. Apenas Aquele que criou a vida pode ressuscitá-la após a morte, só Ele pode reverter o horror da própria morte, e só Ele pode remover o aguilhão da morte e da vitória da sepultura (1 Coríntios 15:54-55). Além disso, ao contrário de todas as outras religiões, o Cristianismo possui um Fundador que transcende a morte e promete que os seus seguidores farão o mesmo. Todas as outras religiões foram fundadas por homens e profetas cujo fim era a sepultura.
Finalmente, Cristo oferece a sua salvação como um dom gratuito (Romanos 5:15; 6:23) que só pode ser recebido pela fé, independente de quaisquer obras ou mérito de nossa parte (Efésios 2:8-9). Como o Apóstolo Paulo nos diz, o evangelho é "...o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê: primeiro do judeu, depois do grego" (Romanos 1:16). O mesmo autor inspirado nos diz: "Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo" (Romanos 10:9).
Estes então, são os elementos essenciais do evangelho: o pecado de todos os homens, a morte de Cristo na cruz para pagar por esses pecados, a ressurreição de Cristo para oferecer a vida eterna àqueles que O seguem e a oferta do dom gratuito da salvação a todos.

sexta-feira, 10 de abril de 2015


 FAZENDO DISCÍPULOS: DANDO EXEMPLO

Texto Tiago 1.22-25
Antes de querer fazer discípulos, devemos verificar se somos discípulos. É preciso deixar que o Evangelho “vire carne” em nossa vida. Em outras palavras, é preciso viver aquilo que pregamos. No discipulado, o exemplo é fundamental. As pessoas que iremos discipular estarão sempre de olho em nosso comportamento, em nossas ideias, opiniões e, sobretudo, estarão atentas para as nossas atitudes. O Evangelho que Jesus mandou levar a todas as pessoas deve ser verdade primeiramente em nossa vida: “Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração.” ( Mt 11.29).
Mansidão e humildade não eram uma teoria ensinada por Jesus. Mansidão e humildade foram duas qualidades de caráter que qualquer um podia enxergar em Jesus. Consideremos agora o que o Paulo tem a nos dizer: “Irmãos, unam-se em seguir o meu exemplo e observem os que vivem de acordo com o padrão que lhes apresentamos.” ( Fl 3.17); “Lembrem-se dos seus líderes, que lhes falaram a palavra de Deus. Atentem para o resultado da vida que tiveram e imitem a sua fé.” (Hb 13.7).
Discipulado pressupõe demonstração. Jesus nunca pediu que seus discípulos fizessem alguma coisa que Ele tivesse feito antes para dar-lhes o exemplo. Vejamos o que Jesus disse: “Os mestres da lei e os fariseus se assentam na cadeira de Moisés. Obedeçam-lhes e façam o que eles dizem. Mas não façam o que eles fazem, pois não praticam o que pregam. Eles atam fardos pesados e os colocam sobre os ombros dos homens, mas eles mesmos não estão dispostos a levantar um só dedo para movê-los.” ( Mt 23.2-4).

O discipulado que Jesus ensinou baseia-se no desenvolvimento de um relacionamento mais íntimo com Deus que, entre outras consequências práticas, deve nos levar a ter uma atitude mais solidária para com as pessoas ao nosso redor.

Uma das marcas do discipulado cristão é o amor mútuo. A comunhão é essencial na vida dos discípulos, como nos ensinam vários textos do Novo Testamento:

1.Aceitem-se uns aos outros. (Rm 15.7);

2.Que todos os membros tenham igual cuidado uns pelos outros. ( 1Co 12.25);
3.Edifiquem-se uns aos outros. (1Ts 5.11);
4.Ensinem e aconselhem uns aos outros. (Cl 3.16);
5.Sirvam uns aos outros. (Gl 5.13-14);
6.Levem os fardos pesados uns dos outros. ( Gl 6.2);
7.Sejam mutuamente hospitaleiros. ( 1Pe 4.9);
8.Orem uns pelos outros. ( Tg 5.16).



“Mas aquele que considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, nãos endo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem aventurado o que realizar”
VIDA PLENA E NÃO RELIGIOSA
Texto Lucas 14.33
Você pode ser uma religioso/a, ou um/a discípulo/a de Jesus Cristo. São duas posturas que aparentemente têm muito em comum, mas se distanciam por diferenças gritantes. Em primeiro lugar, convém ressaltar que o grande projeto de Jesus era o desenvolvimento de uma comunidade de discípulos. Eles disse: “...Vão e façam discípulos de todas as nações.” (Mt 28.19).
Os primeiros discípulos entenderam que as “Boas Novas” de Cristo não deveriam ficar restritas a um grupo fechado de pessoas, por isso logo começaram a compartilhar as verdades de Deus por toda a parte, apesar do ostracismo e perseguição que enfrentavam. Para eles a “vida cristã” era muito mais do que uma simples aceitação de princípios ou rituais religiosos. O Espírito Santo, que os levou à conversão, também levou-os a uma experiência comunitária por meio da qual os novos convertidos cresciam na fé e no conhecimento de Cristo.

Em outras ocasiões, Jesus fez mais afirmativas sobre discipulado cheias de implicações muito sérias: “qualquer de vocês que não renunciar a tudo que possui não pode ser meu discípulo.” (Lc. 14.33). e “com isto todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros.” (Jo. 13.35)DISCIPULADO

Jesus sempre usou a palavra discípulo para se referir aos seus seguidores/as. Ele nunca usou expressões como “adeptos” ou “membros de minha seita”. O termo discípulo tem conotação de alguém que anda nos passos de um mestre. Todo discípulo é um imitador de seu mestre, que acaba ficando parecido com o seu orientador.
O mundo está repleto de “cristãos”. As igrejas estão lotadas de adeptos, de religiosos/as. No entanto, infelizmente, muitos/as ainda não se tornaram autênticos/as discípulos/as.

Jesus advertiu que muitos/as que se dizem seguidores/as, no dia do juízo ouvirão: “Malditos, apartem-se de mim para o fogo eterno.” ( Mt 24.41). Eles ouvirão esta sentença mesmo alegando que realizaram curas, maravilhas e sinais em nome de Jesus ( Mt. 7.21-22). O Senhor ainda nos previne dizendo que no meio do trigo cresceria o joio e que em nosso meio surgiriam falsos profetas.

Então, o que é um discípulo autêntico? É uma pessoa que está a caminho da semelhança de Jesus, ávida por aprender e aplicar as verdades que Jesus ensinou à sua própria vida, e para ajudar outros a conhecerem e crescerem na fé cristã. O conceito de discipulado não está ligado a “status”, ou a uma categoria. É algo dinâmico. É um contínuo caminhar na direção das qualidades do caráter de Cristo. Não se dá por encerrado quando atingimos uma certa idade ou alcançamos determinado grau de maturidade. É um processo que deve fazer parte de todos os nossos dias.
Discípulo” pode ser entendido por aprendiz. Entretanto, em grego a palavra discípulo se refere a alguém que aprende experimentando e praticando. Trata-se de uma pessoa que não se dedica apenas a pensar, mas também a praticar o que aprende de seu mestre. A Bíblia nos diz que Deus quer que sejamos parecidos com Jesus. Vejamos o que nos diz Romanos 8.29. Discipulado é um processo pelo qual o caráter de Cristo é moldado na vida daqueles/as que procuram andar com o Senhor, dia a dia.



quarta-feira, 25 de junho de 2014

Nos Caminhos do Senhor

Nos caminhos do Senhor
“Todos os caminhos do Senhor são graça e fidelidade, para aqueles que guardam sua aliança e seus preceitos”. Sl 24.10
É muito bom saber que não há outro caminho para o encontro definitivo com Deus Pai senão o caminho da obediência em Cristo Jesus. Aqui nesse nosso mundo natural, trilham-se vários caminhos, mas todos esses caminhos trilhados não passam de veredas que dão a lugar nenhum. Assim, os homens trilham os seus próprios caminhos sem se darem conta que são caminhos de morte, e isso sabemos pelo resultado desses caminhos, pois, se conhece a árvore pelos frutos que dá.
Para nós que seguimos o caminho da perfeição em Cristo Jesus, sabemos que “tudo concorre para o bem daqueles que amam o Senhor” e não hesitam em segui-lo fielmente, carregando com Ele a cruz que para nós é certeza de ressurreição; pois, a cruz é a porta estreita da salvação e por ela nos exercitamos na mais profunda das experiências humanas que é o amar a Deus acima de todas as coisas, com todas as nossas forças, com todo o nosso ser e entendimento.
Quem, em nosso meio, nunca passou por alguma dificuldade, seja ela qual for? Quem nunca chorou as perdas que comumente acontecem em meio às provações deste mundo? Sofrimentos são tantos e todos os dias, mas mesmo nos sofrimentos temos lampejos de alentos, de alegria que amenizam nossa dor; temos o conforto da fé e do amor de Deus que nos aponta para o alto da cruz nos dizendo que é preciso a perseverança porque após a tempestade vem sempre a bonança (ler Fl 4.4).
“Considerai que é suma alegria, meus irmãos, quando passais por diversas provações, sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência. Mas é preciso que a paciência efetue a sua obra, a fim de serdes perfeitos e íntegros, sem fraqueza alguma” (Tg 1.2-4). “Estais sendo provados para a vossa correção: é Deus que vos trata como filhos. Ora, qual é o filho a quem seu pai não corrige? Mas se permanecêsseis sem a correção que é comum a todos, seríeis bastardos e não filhos legítimos”. (Hb 12.7-8).
“É verdade que toda correção parece, de momento, antes motivo de pesar que de alegria. Mais tarde, porém, granjeia aos que por ela se exercitaram o melhor fruto de justiça e de paz. Levantai, pois, vossas mãos fatigadas e vossos joelhos trêmulos” (Is 35.3). “Dirigi os vossos passos pelo caminho certo. Os que claudicam tornem ao bom caminho e não se desviem. Procurai a paz com todos e ao mesmo tempo a santidade, sem a qual ninguém pode ver o Senhor”. (Hb 12.11-14).
Porque “Não vos sobreveio tentação alguma que ultrapassasse as forças humanas. Deus é fiel: não permitirá que sejais tentados além das vossas forças, mas com a tentação ele vos dará os meios de suportá-la e sairdes dela” (1 Cor 10.13). Pois é impossível amar e servir ao Senhor e não experimentar a sua graça e consolação em toda sua plenitude; é impossível alguém ser fiel a Deus e não viver debaixo do seu divino amparo.
Portanto amados/a irmãos/ãs, quando Jesus nos diz: “Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me” (Mt 16.24), é porque Ele nos dá a garantia de que nos conduzirá à morada eterna, lugar definitivo da consolação dos justos, da felicidade dos eleitos; daqueles que sofreram com Ele as angústias dos inocentes e permaneceram fiéis a toda prova e desafio de fé (Ap 2.10), na certeza de que o que prevalece para sempre é o amor à verdade e à vontade de Deus que nos criou para a Sua Glória.

“Tenho observado os seus preceitos e os teus testemunhos, pois na tua presença estão todos os meus caminhos”.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

O CRESCIMENTO DA IGREJA PRIMITIVA
Texto: Atos 2.42
O crescimento da igreja primitiva chamou a atenção do evangelista Lucas, principalmente pelo fato da igreja não dispor de muitos recursos como dinheiro, meios de transportes (carro, avião), meios de comunicação (radio, televisão, internet), pessoas com boa formação teológica, bons templos, grandes pregadores, bons músicos, bons cantores; e como não bastasse, a igreja era terrivelmente perseguida.
“Naqueles dias, levantou-se grande perseguição contra a igreja em Jerusalém; e todos, exceto os Apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e Samaria” Atos 8:1
Apesar de todos estes inconvenientes, o crescimento da igreja era de certo modo espantoso. Atos 1:15 diz que o grupo inicial que era de cerca de 120 crentes, Atos 2:41 com a pregação de Pedro logo após o dia de Pentecostes, quase 3.000 crentes, Atos 4:4 fala que o grupo de homens chegava a quase 5.000. A partir daí, Lucas não fala mais usando números, e sim, passa a usar a expressão multidão. “E crescia mais e mais a multidão de crentes, tanto de homens como mulheres, agregados ao Senhor”. Atos 5.14
Diante deste fenômeno, surge-nos uma pergunta: Qual a razão deste crescimento espantoso? Neste versículo, Lucas apresenta alguns fatores que contribuíram para este crescimento.
v A igreja tinha paz. A guerra externa, em forma de perseguição nunca impediu a igreja de crescer. O que impede a Igreja de crescer são os conflitos internos; as rixas, as rivalidades, as disputas entre os seus próprios membros, estas sim acabam com a Igreja.
v Era edificada. Não se trata de construção, pois nem templos eles possuíam, trata-se do crescimento na fé e no conhecimento do Senhor e de seus ensinamentos. Esta estrutura espiritual dos membros da igreja é que fazia o seu crescimento numérico, (qualidade gera quantidade).
v Caminhava no temor do Senhor. Os crentes eram tementes a Deus, havia reverência, respeito a Deus e aos seus profetas, algo que está em falta hoje. “E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos”, Atos 2.43.
v Era assistida pelo Espírito Santo. Eles dependiam tanto do Espírito Santo que este livro poderia ser chamado de “Atos do Espírito Santo”. Não adianta esforços humanos, estratégias e bom planejamento se não houver a atuação do Espírito Santo a igreja não cresce, ela pode até inchar, mas crescer não!
O crescimento numérico da Igreja primitiva acontecia de forma espontânea, como consequência da fé e da vida na presença de Deus. “Louvando a Deus, e caindo na graça do de todo o povo. E cada dia acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.” Atos 2:47.
Procuremos nós também viver como os primeiros cristãos, dependendo mais do Espírito Santo, vivendo em paz e em comunhão com nossos irmãos, vivendo os ensinamentos de Cristo com temor e reverência, pois essas são as características fundamentais de uma igreja em discipulado.


quarta-feira, 23 de outubro de 2013

DEUS É FIEL

Êxodo 33.12-33
No dia 16 de julho de 1054 aconteceu o primeiro cisma( divisão) na Igreja, causando divisão entre Igreja Oriental e Ocidental. Passaram-se 959 anos desde que este fato histórico aconteceu.
Em 31 de Outubro de 1517, deu-se mais uma divisão na Igreja com o movimento liderado pelo frei agostiniano Martinho Lutero, que foi excomungado da Igreja por combater falsas doutrinas. Se as autoridades eclesiásticas tivessem ouvido Lutero, a história seria contada de forma diferente. Lutero, bem como Wesley, nunca desejou fundar uma nova igreja. Wesley tinha medo que esta nova igreja, pudesse se tornar em uma religião “morta e sem propósitos.” Outras divisões na Igreja aconteceram nos séculos seguintes e continuam acontecendo nos dias atuais.
A causa principal da mutilação da Igreja é a infidelidade do ser humano para com  o seu Deus e Salvador. Apesar disso, no entanto, Ele continua sendo Fiel em Seus propósitos e promessas.
Quando o povo no deserto construiu, ergueu e adorou o bezerro de ouro, tornando-se infiel a Deus, ele não respondeu com a mesma moeda, pelo contrário, manteve-se fiel em seus desígnios e perdoou àqueles/as que se arrependeram. Da mesma forma Ele continua demonstrando sempre de nova a sua fidelidade àqueles/as que foram remidos/as em Cristo Jesus, fazendo deles/as filhos/as e herdeiros/as da vida abundante e eterna.
Apesar da infidelidade humana que continua provocando divisões no cristianismo e mutilando a Igreja, o nosso Deus fiel nos abençoa com a Palavra, sacramentos e ministérios. E o faz através de da Sua presença, de pessoas comprometidas com o reino e com Igrejas, verdadeiramente, cristãs onde a verdade é ensinada com eficácia e responsabilidade.

Minha oração:

Obrigado Pai, pois, a Tua fidelidade se renova a cada novo dia. Perdoa nossa fraqueza humana que tem causado tantas divisões em Seu Corpo. Ajuda-nos para que, firmados na Sua Palavra, alcancemos a unidade em Cristo. Amém!