sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Recipientes ou conteúdos?
A Igreja Primitiva cresceu assustadoramente, e se espalhou; e conter esse crescimento nunca foi o objetivo. Em vez disso, a contínua expansão e influência do Reino de Deus foi o mandamento do fundador da Igreja quando Ele disse, “Ide por todo o mundo” (Matheus 28.19), e uma vez mais, “E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo como testemunho a todas as nações, e então virá o fim.” (Mateus 24.14). Um prédio grande pode facilitar a logística de uma grande reunião, mas um prédio nunca foi o objetivo.
Em Atos 14, Paulo e Barnabé viajavam de cidade em cidade, encorajando os cristãos que se reuniam nas igrejas. No verso 23, lemos que “Paulo e Barnabé designaram-lhes presbíteros em cada igreja; tendo orado e jejuado, eles os encomendaram ao Senhor, em quem haviam confiado.” Cada ajuntamento do corpo de Cristo precisava de um presbítero-pastor para guardar, guiar e governar de forma saudável o crescimento do corpo de Cristo.
Esses líderes recém-levantados precisavam de segurança, de ter alguém a quem prestar contas, inclusive espiritualmente, e de ouvir o que o Espírito estava dizendo à Igreja. Seu desejo comum de servir e supervisionar estes grupos de novos cristãos iria levá-los junto a outros que tinham a mesma responsabilidade. Seria muito perigoso ficar sozinho; isso facilitaria o sucumbir a erros, em vez de aderir à doutrina dos Apóstolos.
A conclusão da sua jornada: “Chegando ali, reuniram a igreja e relataram tudo o que Deus tinha feito por meio deles e como abrira a porta da fé aos gentios.
E ficaram ali muito tempo com os discípulos.” (Atos 14:27-28). As células do corpo de Cristo se multiplicaram e se espalharam pela cidade de Antioquia e foi necessário que se reunissem em um grande grupo para ouvirem o relatório.
A palavra grega ekklesia, que é traduzida por “igreja” sempre se refere a pessoas; nunca se refere somente a um prédio. Hoje, alguém pode dizer, “Ali na esquina tem uma igreja vermelha”. Quando a Bíblia fala da igreja de Éfeso, se refere a uma congregação de cristãos em Éfeso. Como não existiam prédios de igrejas até o Século III, não existe na Bíblia uma palavra que se refere a isso. Quando os prédios das igrejas foram construídos, uma palavra diferente (kurioke), que significa “a casa de Deus”, foi empregada para se referir à esses prédios. Por outro lado, o uso de apenas uma palavra para descrever tanto a construção quanto o ajuntamento de pessoas é algo natural. Chamar o prédio de igreja é uma figura de linguagem chamada de “metonímia” (quando colocamos o recipiente para o conteúdo). Encontramos isso em I Coríntios 11.26 “Porque, sempre que ... beberem deste cálice” (Não bebemos o copo, mas o conteúdo). Não há problema em chamar o santuário de “igreja”, desde que se tenha em mente qual a real natureza da IGREJA (Foundations of Pentecostal Theology, pg 421).
O fundamento bíblico, tanto do grupo pequeno quanto dos grandes ajuntamentos é óbvio. Vamos expandir o conteúdo da sua Igreja, usando recipientes quando necessário. 
Por Jeff Tunnell

Em 09 de Julho de 2013

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